Abel Botelho foi um escritor desta região do Douro, designadamente de Tabuaço. Escreveu de modo peculiar, retratou de forma realista os costumes, a corrupção e as imoralidades da sociedade do seu tempo.
Este estudo da sociedade portuguesa incluido na série “Patologia Social” iniciado pelo autor em 1891, pretendeu ser o exame exigente e científico dos males gerais que infestavam Portugal, sobretudo Lisboa, capital e centro urbano de maior prestígio. O primeiro é “Barão de Lavos” (1891), seguido de “O Livro de Alda” (1898), “Amanhã” (1901), “Fatal Dilema” (1907), “Próspero Fortuna” (1910). Além desses, deixou mais três romances: “Sem Remédio…” (1900), “Os Lázaros” (1904), e “Amor Crioulo” (incompleto e póstumo; seu título anterior era “Idílio Triste”; 1919) e o livro de contos “Mulheres da Beira” (1898; anteriormente haviam sido publicados no “Diário de Notícias”, entre 1895 e 1896). Tem uma obra vasta, digna de ser analisada.
Fatal Dilema é o quarto romance da série que Abel Botelho denominou Patologia Social, põe mais uma vez em cena personagens marcadas pela devassidão moral e pela corrupção, sejam elas agentes, como Albano, Heitor e Isabel, ou vítimas dessa corrupção, como Susana, que morre depois de presenciar o adultério da mãe, Isabel.
Nesta obra o autor consegue captar a nossa atenção, aumentando em cada capítulo o interesse pela leitura.
Uma obra a não perder!
Prof. Arminda Lemos
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