DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR

No passado dia 27 de Outubro comemorou-se o “Dia da Biblioteca Escolar”. Durante toda a semana estiveram à disposição, no Polivalente, a nossa Biblioteca ainda não estava em funcionamento, jornais, revistas, livros de banda desenhada e livros de curiosidades que foram consultados, folheados e comentados pelos alunos, professores e funcionários. Foi apresentada uma exposição com citações/observações sobre a importância do livro e da leitura. E, igualmente, foi deixado um espaço para os membros da comunidade educativa escreverem uma mensagem alusiva ao tema.
A leitura é uma condição essencial para o desenvolvimento intelectual e cultural de todos nós. Diariamente desenvolvemos uma série de actividades, no trabalho, na escola, a praticar desporto e acabamos por não dedicar tempo a ler. Ora “estou cansado”, ora “não tenho tempo”, ora “não me apetece” são algumas das desculpas que apresentamos para não desenvolvermos a actividade da leitura. É verdade ler é uma actividade que nos torna mais ricos, mais sábios e melhores pessoas!
Efectivamente, um livro é um amigo sempre pronto a ensinar! Vamos conhecer melhor este amigo e aproveitar o espaço “mágico” que é a nossa biblioteca, um universo de cultura e de saber. Vamos dar uso aos nossos livros.
Ler é aprender e aprender é viver.
Boas leituras!



DIA MUNDIAL DA MÚSICA

A música é conhecida e praticada desde a pré-história. Acredita-se que a audição dos sons da natureza tenha despertado no Homem, a necessidade de uma actividade que se baseasse na organização de sons.
Há músicas que ficam no ouvido pela sonoridade e pelo conjunto de imagens a que estão ligadas. Muitas vezes, esta associação é tão forte que a música passa a ser amplamente conhecida.
No dia 1 de Outubro comemorou-se o Dia Mundial da Música. Na nossa Escola foram recordados vários artistas que desde os anos 60 até hoje marcaram o panorama musical em Portugal.
No Polivalente decorreu uma exposição que apresentava uma breve biografia de vários músicos (selecção feita pelos alunos do Curso Profissional de Turismo). Durante os intervalos pudeste ouvir algumas das músicas mais conhecidas destes artistas.

UM SONHO QUE SE TORNOU REALIDADE

A nossa Biblioteca, a BEgas, candidatou-se à Rede de Bibliotecas Escolares, sendo contemplada com a quantia de 35 415,10 euros para obras e aquisição de mobiliário/equipamento.
Este era um projecto da Escola e um sonho dos responsáveis pela Biblioteca Escolar, que nasceu no ano lectivo de 2006/07. Depois de muitas horas de trabalho e, às vezes, de algum desânimo, o sonho tornou-se uma realidade pois, a partir deste momento, a BEgas vai finalmente sofrer uma remodelação profunda, tornado-a mais humanizada, apelativa, actual e útil a toda a comunidade educativa.
Todos estamos de parabéns e iremos colaborar para que a BEgas seja um local propício à reflexão, ao estudo e à pesquisa, tornando-se o verdadeiro coração da nossa escola.
Por isso não queremos perder tempo e já colocamos as mãos à obra.









SEMANA DAS ADIVINHAS

Adivinhar... quem é quem, o que é que... como...
Foi assim que a BEgas procurou viver a última semana de aulas. Num ambiente descontraído, e sentindo um pouco a nostalgia das aulas a terminar, ousamos descobrir e ler as diversas advinhas que o Nuno, a Joana Azevedo, a Marisa e a Anita do 9º C pesquisaram e colocaram à disposição de todos. Algumas eram mesmo difíceis, mas valeram as "cábulas", e desta vez lícitas, que se encontravam ao lado.

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE – 5 de Junho de 2008

No DIA MUNDIAL DO AMBIENTE brinquei
Brinquei com as plantas meigas
Meigas de um magnífico jardim
Jardim de grandes e belas árvores
Árvores do meu coração
Coração de Ambientalista
Ambientalista que tem deveres
Deveres que o mandam proteger
Proteger o Ambiente
Ambiente, casa dos animais
Animais sensíveis e belos
Belos como a nossa Terra
Terra minha… meu Planeta
Planeta do meu coração!
Coração que bate forte
Forte e belo como tu,
Tu és bela como a Terra
Terra do meu coração
Coração da Terra é o ambiente
AMBIENTE…Ambiente…AMBIENTE
ÚLTIMA ESPERANÇA
Dia Mundial do Ambiente …. Dia Mundial do Ambiente?!...
Que estranho... nunca ouvi falar!...
Então não és ambientalista!
Ambientalista?... o que é isso?
É cuidar do ambiente e saber tudo a seu respeito
E o ambiente tem respeito?
Sim, claro que tem.
E se não tivesse já não existia.
E nós existíamos?
Não. Morríamos lentamente!
A sério? A sério?!
Sim. Sem o Ambiente não somos nada!
Ambiente é vida…energia…sonho!
Sem nada que te alimente
Deixas morrer a vida…acaba-se o sonho
Ainda dormes descansado?
Lança o alerta…não adormeças!
Queres que eu grite?
Sim. Não te deixes silenciar…
Vou gritar bem alto:
Acudam…querem matar o Ambiente!...

Para o AMBIENTE proteger é preciso…
Pensa …pensa rápido…
É preciso reciclar
Reutilizar e a água poupar…!
Se poluirmos o ambiente
Toneladas de lixo, gases, poeiras
O mundo, a vida acabará por se extinguir!
Quer começar a ajudar?
Reciclar é a palavra de ordem
Assim já está a ajudar!
Se todos reciclássemos nada disto acontecia!
Viveríamos num planeta lindo!
Se nos queres ajudar ...ajudar mesmo…
No dia 5 de Junho começa a RECICLAR!
Juntos por um mundo Melhor!!!

No nosso dia-a-dia
No trabalho, na praia, no cinema
Toda a gente polui o AMBIENTE
E não o sabe preservar!

Com os esgotos devemos ter cuidado!!!
Pois as nossas águas poluímos,
SE O AMBIENTE QUEREMOS MELHORAR
Temos que reutilizar
Tudo o que podermos…!

No nosso dia-a- dia
Toda a gente polui o AMBIENTE
E não o sabe preservar!!!

No dia 5 de JUNHO começa a reciclar!!!
E a reutilizar…

Manuel António Veloso- 7º A

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE

As professoras de Geografia não quiseram passar ao lado do dia do Ambiente que se celebrou no dia 5 de Junho. Por isso, quiseram alertar através de uma exposição, na BEgas, para a necessidade de o defendermos.
O espaço onde vivemos é magnífico. O aroma das flores, o brilho do céu azul, o prateado das águas dos nossos rios, a espuma saltitante do mar, o canto dos pássaros, a esperança dos olhos de uma criança devem-nos fazer reflectir o quanto é belo o nosso Mundo. Vamos todos respeitá-lo e valorizar em cada dia a vida.


JOGOS DE MATEMÁTICA

O PAM (Plano de Apoio à Matemática) quer tornar a matemática amiga de todos. Jogos didácticos, desafiantes e novos estão a disposição de todos na BEgas. Traz um amigo e com ele procura vencer os enigmas despertados pelos jogos.







TURMA LÊ POESIA NA BEgas

A Turma do 1º C veio até à BEgas para ler e consultar os nossos livros de poesia. Num ambiente de silêncio, e como quem descobre boas novas, foram soletrando cada letra, juntando cada palavra, apreciando cada poema. O trabalho foi tão bom que a curiosidade levou a que requisitassem alguns livros, de forma a poderem continuar a leitura em suas casas.
A BEgas é também um espaço íntimo onde alunos e professores partilham o mesmo prazer: LER.



DIA DA EUROPA

A preparação, a montagem e a contemplação...








DIA DA EUROPA


No dia 9 de Maio, dia da Europa, o Grupo Disciplinar de Geografia vai organizar uma exposição sobre a Europa. Trabalhos elaborados pelos alunos do terceiro ciclo, dar-nos-ão a conhecer a diversidade de uma Europa que quer permanecer unidade. Não percam esta oportunidade, e passem pela BEgas para conhecermos muitos dos segredos e curiosidades que a nossa Europa esconde.

FEIRA DO LIVRO



A Feira do Livro foi um sucesso. Foram muitos os alunos e professores que visitaram a BEgas, afim de puderem saborear os livros, como saboreamos as cerejas. Que o entusiasmo por ler tenha ficado, e que um livro lido seja o início de outro.

SEMANA DO TEATRO

A escola viveu nos dias 29 de Abril a 2 de Maio a Semana do Teatro. A semana iniciou-se com a apresentação de uma exposição sobre a história do Teatro, da responsabilidade da BEgas.
O teatro tem assumido, na nossa escola, alguma tradição com a participação dos alunos no Concurso de Texto Dramático e a sua apresentação em palco.
No dia 3, a escola abriu as suas portas a toda a comunidade para assistirem à peça humorística, da autoria do professor Francisco Magalhães, a "Coisa do Padre" com colaboração mútua entre alunos e professores. Foi um bom momento de convívio, arte e humor.



SEMANA DA LEITURA


A nossa biblioteca, a BEgas, viveu a Semana da Leitura. De 6 a 10 de Março procuramos entrar e perceber um pouco mais do mundo das letras. Todos ficamos mais enriquecidos, e com vontade de ler mais. Agora sentimos que os livros são um pouco da nossa vida e, com eles, podemos construir mais amigos.

Fica aqui o registo do que vivemos:


Dia 6 de Março - Lançamento do Blogue

















Dia 7 de Março - Eu Escrevo



Exposição de trabalhos escritos sobre o Gil Vicente e o Amor. Novos poetas e escritores humorísticos.


Dia 10 de Março - A poesia bate à tua Porta

Em todas as portas de sala de aula foram colocados poemas de autores portugueses.

Dia 10 de Março - A Matemática também se lê
Curiosidades... jogos... advinhas... rir com os números.


Dia 11 de Março - Um dia com...
Encontro com o escritor, compositor e músico Pe. Marcos Alvim.




Dia 12 de Março - Hora do conto



O Sonho e a fantasia tornaram-se realidade. Alunos transformaram-se em bons contadores de histórias.


SENTADA NESTA CADEIRA

Sentada nesta cadeira
Penso no que hei-de escrever.
São poemas de amor
Que a mim me fazem sofrer

És motivo dos meus poemas
És o motivo de tanta paixão.
És o motivo da minha vida
E também a do meu coração

Do cima da minha janela
Triste, só te vejo passar.
Amo-te do fundo do coração
Mas não tenho coragem para te contar.

Não tenho jeito para poeta
Mas adoro poesia.
Com estes poemas te quero dizer
Que por ti tudo faria.

Helena Portela, 10ºD

AMOR

O amor é como o vento
Vai e vem num só momento ...
Diz-se verdadeiro...
Mas pode ser traiçoeiro!
É arriscar mesmo podendo sufocar
Basta um olhar para amar
Mas sem se precipitar.

Olhando nos olhos percebe-se quando há amor,
Parece estranho?
Não se pode evitar,
Mas sim alcançar...
É dizer de verdade será que é realidade?
Calmamente se entende!

Será que virá?
Não se sabe quando chegará?


João Pereira, 10ºC

SER FELIZ

Ser feliz é um valor,
Que qualquer um sonha ter,
É preciso é amor,
E vontade de o crer.
Ser feliz é mais que um sonho,
Também mais que a realidade,
Ser feliz não é medonho,
Podem crer que é verdade.
Eu sou feliz,
Talvez por ser criança,
Mas há muitos como eu,
Que vivem duma só esperança.
Na esperança de um grão,
Que os alimenta naquele dia,
Algumas dormem no chão,
Essa vida eu não queria.
Por isso digo que a felicidade,
Não é uma coisa vulvar,
É algo especial,
Que devemos conquistar.
A minha felicidade,
Acaba quando me lembro,
Dos problemas da sociedade,
Ao dia 11 de Setembro.
Termina quando vejo,
Raiva e crueldade,
Não sei como ainda existe,
A chamada felicidade.
Pois o mundo é cruel,
Isto por culpa da ganância,
Eu posso vir a ser adulto,
Mas prefiro ser criança!

Hélder Cardoso, 10º C

MEU AMOR SABES PORQUÊ?

Porque tu estás lá quando todos estão
Porque tu está lá quando mais ninguém está
Porque tu sabes o que mais ninguém sabe
Porque tu és tu e estás sempre lá.

Porque me ajudaste quando mais ninguém o fez
Porque me mostraste pelo que vale a pena lutar
Porque me mostraste a diferença e mais do que uma vez
Porque me fizeste ver, porque me fizeste pensar.

Porque confias em mim sem eu saber porquê
Porque arranjas sempre alguma coisa que se possa fazer
Porque me aceitas mesmo como eu sou
Porque percebes sempre o que está por dizer.

Porque há palavras que fazem muita diferença
Porque sei que estás comigo esteja eu bem ou mal
Porque não te importas com o que os outros dizem
Porque és única, porque és especial.

Amo-te!
Porque tu és tu e contigo sou o que sou
Não interessa o que os outros dizem ou deixam de dizer
Tu sabes que podes sempre contar comigo
Aconteça o que acontecer.

Hélder Cardoso, 10º C

LEGADO...

O indiano S. R. Ranganthan (1892-1972) projectou o sistema de classificação Colon para organizar grandes bibliotecas de pesquisa e causou alvoroço na época. Reconhecendo que uma classificação tem que poder crescer organicamente, para acompanhar a expansão do conhecimento, o sistema de Ranganathan classifica a informação em classes subdivididas em elementos ou características, chamadas de "facetas". A coleção completa de facetas individuais pode ser ampliada para fornecer uma descrição única de um livro. Ele também ficou conhecido pelas "Cinco leis de uma biblioteca", que são:

1. livros foram feitos para ser usados;
2. para cada tipo de leitor, um livro;
3. para cada tipo de livro, um leitor;
4. economize o tempo do leitor;
5. uma biblioteca é um organismo em crescimento.

GA

MALDIÇÕES...

No tempo dos manuscritos, era costume escrever pragas nos livros, amaldiçoando quem os furtasse.
GA

DOIS BONS MOTIVOS PARA LER

É uma actividade básica na formação cultural da pessoa. Além disso, é uma excelente actividade de lazer. A leitura de uma narrativa, de um conto, de uma poesia constitui uma valiosa actividade para ser incluída nos nossos momentos de lazer.
Ler é benéfico à saúde mental, pois é uma actividade neurónica. A actividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurónios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e reflectir sobre o texto...
Lê pela tua saúde... :)
GA

LER: uma leitura multidimensional

Ler é processo
Ler é procura
Ler é projecto
Ler é pintura
Ler é processar
Ler é procurar
Ler é projectar
Ler é produzir
Ler é parafrasear
Ler é provocar
Ler é problematizar
Ler é propor
Ler é prever
Ler é provar
Ler é prover
Ler é percorrer
Ler é perguntar
Ler é perscrutar
Ler é perspectivar
Ler é formar
Ler é INformar
Ler é reformar
Ler é TRANSformar
Ler é SABER
Ler é PODER
LER é pensamento,valor,emoção
LER é sentimento, poder, antecipação
LER é prosa, poesia, cognitivação
LER é a alma da CRIAÇÃO

GA

APONTAMENTOS

Após as mais antigas bibliotecas da Mesopotâmia e do Egipto (formadas, respectivamente, por colecções de placas de argila e por conjuntos de documentos em papiro e reservadas a um número muito restrito de utilizadores) e das primeiras bibliotecas privadas abertas à consulta pública (a primeira surgiu em Atenas, fundada por Pisístrato em 540 a.C), há que referir a biblioteca escolar de Aristóteles, considerada por muitos como a mais importante antes da biblioteca de Alexandria. No Liceu que fundou em Atenas, Aristóteles estabeleceu, pela primeira vez, uma íntima ligação entre a escola e esse novo espaço intelectual que é a biblioteca. Que outras razões não existissem, Aristóteles constituiria, só por esse gesto, uma das grandes figuras que marcou a história da escola.

A ideia de Aristóteles era agrupar os sábios e os alunos em redor de uma biblioteca e de colecções científicas, com vista a uma colaboração útil ao progresso da ciência. Demétrio de Falero apenas teve que alargar este plano, ajudado pela magnificência de Ptolomeu, para fundar o Museu e a Biblioteca de Alexandria, episódio maior da história da biblioteca, da história da biblioteca escolar e da própria história da humanidade. Na verdade, depois de dez séculos de existência, a biblioteca de Alexandria deixou um rasto tão brilhante na memória dos homens que a sua lenda e o reconhecimento da sua importância como via de acesso à Antiguidade, domina toda a Idade Média, todo o Renascimento e toda a modernidade. É de tal modo grande o fascínio da antiga Biblioteca de Alexandria que hoje, 2300 anos depois, foi inaugurada a Nova Biblioteca de Alexandria cuja reconstrução se deve à iniciativa do governo egipciano em colaboração com a UNESCO.

O episódio seguinte da história da biblioteca escolar tem o seu lugar no seio da civilização árabe. Aí, foram constituídas numerosas bibliotecas contendo preciosos manuscritos gregos, traduções em árabe bem assim como livros da ciência árabe. Mas o que aqui mais importa assinalar é que todas elas eram acessíveis tanto a professores como a estudantes. Cada cidade tinha a sua própria biblioteca onde todos podiam consultar os livros ou mesmo requisitá-los (os leitores podiam ler e requisitar simultaneamente o mesmo livro pois existiam vários exemplares). As principais bibliotecas são a de Bayat al-hikma (gabinete da sabedoria), a de Hizanat al-hikma (depósito da sabedoria), a de Dar al-kutub (edifício dos livros), a de Dar al-hikma (edifício da sabedoria), e a de Dar al-ilm (edifício da ciência), fundada em 1004 pelo califa Al-Hakim. Contribuindo para o desenvolvimento do ensino, esta última continha, mais de 600 000 livros (entre os quais 6 500 de matemática e a astronomia), assim como livros de filosofia e um globo terrestre, de cobre, construído por Ptolomeu. Os livros, frequentemente copiados em vários exemplares, eram classificados de acordo com a área de saber. O Livro sagrado, o Corão, tinha um lugar cimeiro sendo por isso arrumado nas prateleiras mais altas. Os restantes livros eram ordenados hierarquicamente, de acordo com a sua importância e o seu conteúdo. De referir ainda a biblioteca de Córdoba fundada em 965 constituiu a terceira biblioteca do mundo islâmico.

Regressados ao mundo cristão, na Alta Idade Média, as bilbliotecas refugiaram-se nos mosteiros e conventos. Aí, em humildes e húmidos -scriptoria-, os manuscritos eram conservados, lidos, copiados, traduzidos e ilustrados. A riqueza das bibliotecas dos mosteiros (uma colecção de 200 volumes era considerada uma grande biblioteca) dependia da presença de eruditos que, regra geral, se dedicavam também ao ensino (escolas monacais e conventuais) e da sua capacidade para pedirem emprestados manuscritos originais para copiar. Grandes bibliotecas como as de York, do Monte Cassino e Bobbio, embora tivessem estado sujeitas a perdas irreparáveis devidas a ruidores, fogos acidentais e destruições de todo o tipo, desempenharam um papel notável na conservação da cultura antiga.

Depois do século X, outras bibliotecas cresceram paralelamente às dos mosteiros e conventos. Primeiro nas escolas catedrais e, a partir do século XII, nas inúmeras universidades que se constituíram na Europa.

O Renascimento marcou o declínio das bibliotecas de tipo monástico: as primeiras colecções particulares dos humanistas podem ser consideradas como o ponto de partida das bibliotecas modernas. As bibliotecas proliferaram umas atrás das outras, a dos Estes em Ferrara, a de Federico da Montefeltro em Urbino, a Laurenziana dos Medici em Florença, ou a biblioteca do Vaticano, fundada em 1450 pelo papa Nicolau V (um milhão de volumes impressos, entre os quais cinco mil incunábulos e 60 mil manuscritos).

A biblioteca moderna, onde os livros estão principalmente para o uso do público, só chegou com a difusão da imprensa, no século XVI que, pela primeira vez, tornava possível a produção de livros em grandes quantidades e a preço mais reduzido. É neste contexto que se começam a constituir algumas grandes bibliotecas universitárias, como a Bodleiana em Oxford (uma das mais antiga da Grã-Bretanha, restaurada e reorganizada em 1598, por Thomas Bodley).

O início do século XVII assistiu à abertura ao público da Ambrosiana em Milão e da Biblioteca Nacional de Berlim, mais tarde ampliada por Frederico o Grande. Mas é no século XVIII que vão surgir as grandes bibliotecas nacionais. Em 1712, Filipe V fundou a famosa Biblioteca Nacional Espanhola em Madrid, dotada de magnificas colecções de manuscritos e ricas colecções de primeiras impressões. Também a biblioteca do Museu Britânico em Londres se constitui então através de uma série de importantes doações, tendo sido enriquecida posteriormente com a aquisição da biblioteca de George III e assim se tornando numa das maiores e mais importantes bibliotecas do mundo.

Em França, a seguir à revolução, foi muito forte o movimento no sentido da organização de grandes bibliotecas nacionais abertas ao público. Um óptimo exemplo é a Bibliothéque Nationale em Paris com base na antiga Biblioteca Real de França, fundada no século XIV e que, actualmente, em novíssimas instalações, possui mais de seis milhões de livros e 130 mil manuscritos.

Nos Estados Unidos, a Biblioteca do Congresso, foi fundada em 1800, duas vezes consumida pelas chamas e depois reconstruída. Possui 100 milhões de documentos entre livros impressos, manuscritos, gravuras, fotografias e discos, crescendo anualmente à média de dois milhões de documentos o que permite considerá-la, em termos de serviço público internacional, a maior biblioteca do mundo.

Também a Biblioteca Lenine em Moscovo, formada a partir da biblioteca real do Museu Rumyantsev (1862) e reorganizada em 1925, possui um fundo bibliográfico de 25 milhões de impressos e 2,5 milhões de manuscritos, tendo a reputação de uma das maiores do mundo.
Na China a primeira biblioteca pública abriu em 1905, sendo que hoje a mais importante é a Biblioteca Nacional em Pequim com mais de dois milhões de volumes.

Hoje, as bibliotecas estão em fase de grande reestruturação. Talvez mesmo de re-invenção. De entre as inúmeras e impressionantes realizações, uma das mais recentes e significativas é sem dúvida a Nova Biblioteca de Alexandria. Como não podia deixar de ser, ela situa-se junto à Universidade de Alexandria.

Às bibliotecas escolares atribuem-se em geral papeis centrais em domínios tão importantes como a aprendizagem da leitura, o desenvolvimento do prazer e do hábito da leitura, a capacidade de seleccionar e criticar a informação, o desenvolvimento de métodos de estudo e de investigação autónoma. Digamos que a biblioteca escolar tem funções de:

informação - fornecer informação de confiança, rápida e acessível; oferecer orientação na localização, selecção e utilização de informação
educação - promover a integração da informação no curriculo escolar; facilitar o alargamento compreensivo da inform,ação recolhida; promover educação contínua;
cultura - apoio da experiência estética, orientação na apreciação de artes e encorajamento da criatividade;
recreio - oferecer um espaço lúdico que permita uma utilização útil do tempo de lazer, através da apresentação de materiais e programas de valor recreativo.
Porém, num mundo em que a produção de informação é acelerada, a biblioteca escolar é cada vez mais chamada a desempenhar novos papeis:

Ela deixou de conter apenas livros para se tornar num espaço multimédia, onde os alunos acedem a meios audiovisuais, suportes informáticos, revistas, etc. Ela inclui sistemas de informação complexos em suportes muito diversificados. Ela é um centro de recursos multimédia de acesso livre, destinado à consulta e produção de informação em suportes variados.

Ela passa a ser um local privilegiado para o desenvolvimento de um conjunto de capacidades de actualização e manuseamento de informação que precisam de ser aprendidas pelos alunos. São as chamadas habilidades de informação, como o planeamento, a localização, selecção, recolha, organização e registo de informação e a comunicação e realização de relatórios e trabalhos.
Ela é, cada vez mais, um espaço de aprendizagem do uso adequado da informação. Aprender é cada vez mais preparar-se para saber encontrar, avaliar e utilizar a informação.

O principal objectivo da biblioteca escolar é hoje orientar os estudantes de modo a que estes aprendam a manusear a informação na sua vida futura.

GA